Aos poucos, o mapa cicloviário da Capital vai ganhando novos contornos. Na última semana, a Prefeitura de Florianópolis anunciou a realização de obras estruturais que ofertarão mais alguns quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas. Nos últimos três anos, a malha cicloviária quase dobrou, passando de 75 km para atuais 144 km, de acordo com dados da secretaria municipal de Transportes e Mobilidade.
Em novembro de 2019, durante uma crise de falta de mobilidade na Capital, o prefeito Gean Loureiro anunciou uma série de medidas, entre elas a implantação de mais 35 quilômetros de malha cicloviária para se juntar aos então 122,30 quilômetros já concluídos pelo programa Mais Pedal.
Ainda durante a pandemia, a prefeitura executou a ciclovia da Avenida Madre Benvenuta, entre o supermercado Angeloni e a Udesc.
Bidirecional e elevada, a ciclovia foi batizada de Roger Bittencourt em homenagem ao jornalista e ciclista, que perdeu a vida enquanto pedalava as margens da SC-401. Com 600 metros de extensão, a estrutura está pronta e foi inspirada no modelo existente na Avenida Paulista, em São Paulo.
A estrutura ainda foi complementada por uma ciclofaixa de 3,3 quilômetros de extensão que fez a conexão entre o bairro Santa Mônica e a Trindade.
Mais recentemente, a prefeitura anunciou obras de revitalização que vão contemplar mais alguns quilômetros de ciclovias.
A Avenida Prefeito Acácio Garibaldi Thiago, mais conhecida como estrada geral da Praia da Joaquina vai ganhar ciclovia de concreto, com 2,3 quilômetros de extensão.
A nova estrutura também será bidirecional (com duas faixas em sentidos contrários) à esquerda, no sentido bairro-praia. Após a conclusão, esta ciclovia se ligará à outra, similar, que será construída na Avenida das Rendeiras, ampliando ainda mais a mobilidade urbana local.
Ambas as estruturas cicloviárias serão feitas de concreto, com objetivo de serem aproveitadas não só por usuários de bicicleta, mas praticantes de skate e patins. As obras já iniciaram e deverão ser concluídas até maio de 2021.
Apesar da ampliação, o sistema cicloviário ainda está longe de ser completo, seja por falta de ciclovias, ciclofaixas ou ciclorotas nas SCs, que cortam a Capital, ou por ausência de conectividade entre a malha já existente. “A SC-401 sempre foi considerada a rodovia mais perigosa, mas temos dois trechos no Sul que também estão muito perigosos, embora sejam trechos planos”, adverte, sobre os trechos entre o elevado do Rio Tavares e o Porto da Lagoa na SC-406, e o elevado do Rio Tavares até o trevo do Erasmo, na SC-405.
Números do sistema cicloviário de Florianópolis
2017: 75 km
2020: 144,26 km (19/11), dos quais:
Ciclovias: 40,25 km
Ciclofaixas: 35,24 km
Ciclofaixa Elevada: 21,56 km
Ciclorrotas: 38,71 km
Passeio compartilhado: 8,49 km
Em execução:
Avenida Madre Benvenuta: 1,15 km
Avenida Luiz Boiteux Piazza: 1,7 km
Avenida Jorge Lacerda: 3,4 km
Avenida das Rendeiras: 2,2 km
Av. Pref. Acácio Garibaldi São Thiago: 2,2 km
Em planejamento:
30 km (diversas localidades)