Olá, seja bem-vindo ao MONATRAN - Movimento Nacional de Educação no Trânsito
Tel.: 48999811015
você está em:Artigos|A luta pela sobrevivência
A luta pela sobrevivência
25 de Abril, de 2021
Artigo
|
By DIRCEU RODRIGUES ALVES JUNIOR
A luta pela sobrevivência

Meus amigos, com esse quadro pandêmico como vamos nos arrumar? Qual o planejamento que devemos assumir após ter resistido a essa guerra biológica que tanto mal causou a população mundial?  A economia difícil, sem trabalho, desempregado, lutando, batalhando por um espaço para buscar o sustento da família. Não podemos imaginar como será a próxima década, como será o relacionamento Internacional. As políticas públicas despreparadas para essa pandemia e despreparada para dar um auxílio emergencial para manter vivos os atores que resistiram a guerra que acontece sem bombas. Hoje, é descomunal as baixas produzidas pelo inimigo invisível, sendo mais grave do que a guerra com armas de fogo, com  mísseis, onde se morre menos e se destrói mais.

E segue a vida, corpos sepultados sem a interação com a família, muitas vezes em valas, em sepultamentos coletivos, que sofrimento! Sabíamos já de algum tempo que as epidemias surgem a cada período, mas jamais vivemos esse momento, ou melhor, jamais presenciamos um caos tamanho de sofrimento, de dor sem um amparo, sem o amparo legal que pudéssemos nos sentir seguros. Tínhamos que estar protegidos com alguma medicação já que o nosso arsenal farmacológico é grandioso, mesmo assim, não encontramos nada que pudesse servir como meio de profilaxia e tratamento para evitar os óbitos e sequelas que temos assistido. Experimenta-se um ou outro produto sem ter uma comprovação científica.

As UTIs entupidas, médicos sobrecarregados, já na exaustão, sem saber o quanto será exigido nos próximos dias. O estado psicológico em declínio em função da gravidade da doença que se abateu sobre nós. Todas as atividades em home Office e as essenciais lutando pelo trabalho e contra a doença.

Governos recomendam o lockdown, mas deixam aqueles que desenvolvem o trabalho essencial serem transportados em coletivos, trens, metrôs entupidos, onde sabemos que é o local propício para disseminação do coronavírus, já que o espaço é ocupado integralmente nos horários de pico, permitindo dessa forma a disseminação da doença.

O colapso dos hospitais, o colapso daqueles que estão restritos em suas casas, que não tem um ganho para sobrevivência logicamente terão a tendência, pela falta de alimentos, chegarem adquirir a Covid e outras doenças em função da fragilidade deixada pela carência alimentar.

Isso sem falar nos milhares de acidentados no trânsito, que continuam a ocupar os leitos do nosso sistema de saúde já tão fragilizado. Mesmo com os chamados lockdowns e um número menor de carros nas ruas, os números de acidentes não param de crescer e um paciente politraumatizado ocupa um leito hospitalar por vários meses.

Esse é o momento de outras duas guerras, a política e econômica.

Vacinas surgem rapidamente nos assustando. Sabemos que necessitamos de largos passos de tempo para testarmos em segmentos da sociedade e termos a convicção de que funciona, não tem efeitos colaterais e não trará nenhuma sequela ao se aplicar aquele produto. No entanto, em menos de 7 meses já haviam vacinas sendo produzidas, testadas e aprovadas chegando ao comércio internacional. Muitas delas os laboratórios não se responsabilizando por efeitos adversos ou sequelas deixadas pela vacina ofertada.

Sabemos que toda vacina precisa de ser certificada pelos órgãos específicos de cada país.

E qual será o futuro dessa enfermidade, teremos vacinas a serem repicadas em função de retorno do vírus ou mesmo de mutações que poderão causar danos até maiores?  Não sabemos como nos comportar diante desse surto, a luz no fim do túnel continua apagada, estamos em total escuridão, correndo para um lado para outro sem saber como nos conduzir sem uma liderança que nos dê conforto e segurança com relação ao amanhã.

O estado psicológico do pessoal de primeira linha e a sociedade, todos sem exceção, tem esse estado comprometido. O desequilíbrio é ainda estimulado pela grande mídia que nos coloca dentro dos lares imagens de sofrimento, de dor, mostrando caixões, cemitérios, valas, UTIs com todos os leitos ocupados e denotam ainda o sofrimento daqueles que trabalham para salvar vidas.

Temos que ter um planejamento do aprendizado de agora. O amanhã a de vir com características e enfrentamento diferentes.

DIRCEU RODRIGUES ALVES JUNIOR

Diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego)