Olá, seja bem-vindo ao MONATRAN - Movimento Nacional de Educação no Trânsito
Tel.: 48999811015
você está em:Artigos|Cenário do sofrimento no trânsito
Cenário do sofrimento no trânsito
23 de Maio, de 2022
Artigo
|
By DIRCEU RODRIGUES ALVES JUNIOR
Cenário do sofrimento no trânsito

A irritabilidade é o primeiro sintoma manifesto e é quase sempre uma resposta excessiva a esse estímulo de ansiedade no trânsito, é na realidade uma resposta dos sentimentos de indivíduo. Manifesta-se com maior ou menor intensidade dependendo da personalidade, formação, caráter e uma série de outros fatores.

O aumento do potencial elétrico nas pessoas pode ocasionar perturbações nas funções dos neurotransmissores.

Sabemos que torres de celular, antenas de TV e altos níveis de poluição eletromagnética na atmosfera provocam aumento do potencial bioelétrico que é capaz de provocar alterações nas ligações neuronais e baixa produção de serotonina. Esta substância é além de sedativa, calmante é aquela capaz de elevar o humor e produzir sensação de bem-estar e conforto.

 Na lentidão e engarrafamento do trânsito com estresse e desvitalização bioenergética, perde-se o controle dos impulsos, ocorre queda da serotonina que por sua vez reduz os neurotransmissores controladores do comportamento explosivo (diz-se que o indivíduo está com pavio curto).

Outros fatores psicológicos e psiquiátricos como compulsão, depressão, ansiedade, problemas afetivos, agressividade têm baixa produção da serotonina. É essa serotonina elevada que nos mantém alegres, bem-humorados, tolerantes e em equilíbrio. É na realidade um dos mais importantes neurotransmissores.

A perda do controle significa que o nível de serotonina está baixo, podemos aí reagir com distúrbios de comportamento dependendo daqueles fatores psicológicos, psiquiátricos e outros fatores pessoais. Pode-se chegar à impulsividade, agressividade e a violência verbal, gestual e física, oque é hoje comum no nosso trânsito.

O distúrbio de comportamento pode manifestar-se também com negligência e imprudência como produto da agressividade.

Tudo isso causa no motorista envolvido nesse trânsito louco dos grandes centros, dano físico, psicológico e social, tem a saúde comprometida. Doenças primárias afloram e o potencial orgânico fragiliza-se, surgem sinais, sintomas e doenças.

A inalação dos poluentes produzidos pela queima de combustível, a condição climática e muitos outros fatores são desencadeantes. Nos portadores de um perfil potencialmente psicológico ou psiquiátrico os surtos afloram e podem agravar-se.

Tudo isso são causas do “Road Rage” (Fúria no Trânsito).

Outros sinais e sintomas podem ser percebidos, como:

          - Frequência cardíaca aumentada, batimentos irregulares

          - Elevação da pressão arterial

          - Dor no estômago, enjoo

          - Extremidades frias, transpiração

Os que mais sofrem são as pessoas tensas, apressadas e ansiosas.

O que fazer:

         - Buscar permanentemente o equilíbrio

         - Não buscar explicações para o problema, relaxe

         - Coloque música ambiente, sente-se confortavelmente

         - Faça alongamento, mantenha o bom humor

         - Converse com o carona ou parceiro de infortúnio

         - Troque gentilezas, coloque uma coisa doce na boca

Lembre-se que todos que estão no trânsito são parceiros do infortúnio e não inimigos. O autoestímulo, bem como o estímulo dos outros seja com um sinal de positivo, com uma palavra de conforto, com simples brincadeira serão certamente agentes atenuantes do desgaste físico, mental e social que todos estão a vivenciar.

Uma conversa, uma brincadeira podem aumentar a liberação de serotonina e sairmos daquela realidade para momentos felizes como quando nos ocupamos com outra atividade de lazer.

Essa agonia no trânsito não pode, não deve ser absorvida, interiorizada para não repercutir no equilíbrio orgânico. Temos que conviver no trânsito com serenidade, equilíbrio para que possamos utilizar da maneira mais correta as funções cerebrais para ter uma direção segura.

DIRCEU RODRIGUES ALVES JUNIOR

Diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego)