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27 de Julho, de 2025
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By ELLEN BRUEHMUELLER
Acidentes com motoristas embriagados já mataram 11 pessoas nas rodovias federais de SC em 2025

A combinação entre álcool e direção segue fazendo vítimas nas estradas de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre janeiro e junho de 2025, sete pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais do estado envolvendo motoristas embriagados. No mesmo período, mais de 2 mil condutores foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool nas BRs catarinenses.

Ao todo, foram registrados 242 acidentes com ingestão de álcool como causa presumível, resultando em 190 pessoas feridas e sete mortes. Mais de 35 mil motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro, e mais de 2 mil acabaram autuados por embriaguez ao volante.

Esses dados, porém, não retratam todo o cenário. As estatísticas oficiais divulgadas pela PRF ainda não contabilizam os acidentes ocorridos em julho. Somente neste mês, pelo menos quatro mortes foram registradas em dois acidentes causados por motoristas alcoolizados em rodovias federais, elevando para, no mínimo, 11 o número total de vítimas fatais em 2025.

Um dos casos mais graves ocorreu no dia 25 de julho, na BR-470, em Apiúna, no Vale do Itajaí. Três pessoas da mesma família — avó, mãe e filha — morreram após o carro em que estavam ser atingido por um caminhão. O motorista, preso em flagrante, apresentou 0,94 mg/L de álcool no bafômetro — quase três vezes o limite que configura crime de trânsito.

É importante destacar que os números da PRF dizem respeito apenas às rodovias federais. Se fossem incluídas as ocorrências registradas nas estradas estaduais e dentro das cidades, o retrato da violência viária relacionada ao álcool seria ainda mais alarmante.

Os dados de 2024 já apontavam a gravidade do problema: foram 596 acidentes com suspeita de embriaguez nas BRs de Santa Catarina, com 451 feridos e 12 mortes. Naquele ano, mais de 70 mil motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro, com mais de 3 mil autuações por alcoolemia.

Para o chefe de comunicação da PRF em Santa Catarina, Adriano Fiamoncini, a situação exige atenção redobrada:
— Os números divulgados são preocupantes. Apesar dos esforços de fiscalização e conscientização, o problema de acidentes relacionados ao consumo de álcool persiste. A principal e mais trágica consequência é a perda de vidas e a ocorrência de lesões graves e, muitas vezes, incapacitantes.

Já o presidente do Movimento Nacional de Educação no Trânsito (Monatran), Roberto Bentes, ressalta que o enfrentamento ao problema precisa ir além das punições:
— Fiscalização é indispensável, mas não basta. Precisamos de investimentos permanentes em educação para o trânsito e campanhas de conscientização contínuas. Só com uma mudança cultural sólida, construída desde a infância e reforçada por ações públicas consistentes, vamos superar essa tolerância perigosa ao álcool ao volante.

A imprudência ao dirigir sob efeito de álcool continua sendo um dos maiores desafios à segurança viária no estado. Para especialistas, enfrentar essa realidade exige ação conjunta, com políticas públicas integradas que fortaleçam o tripé: fiscalização, punição e, principalmente, educação.